A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família aprovou, nesta terça-feira (10), o projeto de lei (PL) que proíbe o casamento e a união estável homoafetiva.
O texto, aprovado na comissão da Câmara dos Deputados por 12 votos a 5, contou com voto a favor de dois deputados baianos, O pastor Sargento Isidório (Avante) e Rogéria Santos (Republicanos), titulares da comissão.
Após a votação desta terça-feira (10), o projeto seguirá agora para ser apreciado na Comissão dos Direitos Humanos. Se aprovado, terá que ser votado ainda na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
As discussões a respeito do tema acontecem desde agosto. A maioria dos deputados federais que votaram a favor do PL são opositores ao governo Lula (PT).
Durante uma das comissões do texto, realizada em setembro, o pastor Isidório e a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) protagonizaram um bate-boca. Na ocasião, o baiano foi acusado de transfobia após uma fala. “Homem nasce como homem, com ‘binga’, portanto, com pinto, com pênis. Mulher nasce com sua ‘cocota’, portanto, sua vagina. Mesmo com direito à fantasia, homem, mesmo cortando a ‘binga’, não vai ser mulher. Mulher tapando a ‘cocota’, se for possível, não será homem. Todo mundo sabe”, disse.
“Nós somos povo religioso, sejamos católicos ou evangélicos, nós cremos em um Deus que tem uma palavra, nós respeitamos essa palavra, então Deus criou naturalmente homem e a mulher, que é igual a filhos. Não adianta, pode botar dois homens numa ilha, duas mulheres na próxima ilha, que você, chegando lá, vai encontrar a mesma coisa”, prosseguiu o deputado.