Investigado pela Polícia Federal em operação deflagrada nesta quinta-feira (7), o grupo miliciano suspeito por lavagem de dinheiro atuava há pelo menos 20 anos em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia. As informações foram passadas pela corporação, durante coletiva de imprensa.
De acAs investigações da PF começaram após o recebimento de um ofício do Ministério Público da Bahia (MP-BA), onde as suspeitas dos crimes foram relatados. A apuração durou cerca de um ano e quatro meses, período em que foi confirmado pela PF que o grupo fazia lavagem de dinheiro de jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada e desmanche de veículos.ordo com a PF, em uma década a milícia desviou cerca de R$ 100 milhões. O deputado estadual Binho Galinha, um dos mais votados da cidade nas eleições de 2022, com mais de 49 mil votos, é o suspeito de chefiar o grupo.
O grupo contava com o apoio de três policiais militares e seis empresas. Entenda o funcionamento da organização:
PMS: atuavam como “braço armado” da milícia, fazendo as cobranças das dívidas por agiotagem e jogo do bicho.
Empresas: os empreendimentos tinham licenciamento para funcionar, mas atuavam para lavagem de dinheiro. A PF não deu detalhes sobre os nomes das empresas, mas afirmou que os funcionamentos de todas elas foram suspensos.
Deputado estadual: chefiava a organização criminosa.
Binho Galinha é suspeito de chefiar a organização criminosa — Foto: Redes sociais
Ao todo, 10 mandados de prisão preventiva foram cumpridos nesta quinta. Seis pessoas foram presas e quatro seguem foragidas, mas nenhuma delas é o deputado estadual Binho Galinha. A PF não especificou quem são os presos e foragidos, porém, a Polícia Militar informou, em nota, que os três investigados estão na Coordenadoria de Custódia Provisória. à disposição da justiça.
Binho Galinha não pode ser preso preventivamente por ser deputado estadual e, por isso, ter o direito conhecido como “foro privilegiado”.