A Polícia Federal iniciou, na manhã desta terça-feira (12), a Operação Hinsberg contra o tráfico de drogas e o desvio de um produto químico usado na produção de crack. Segundo investigadores, o principal alvo é a Anidrol, indústria química que fica na Grande São Paulo e tem como sócio o influenciador fitness Renato Cariani.
O influenciador, que tem mais de 7 milhões de seguidores, também é alvo de buscas. O Ministério Público e a PF chegaram a pedir a prisão dele e de mais duas pessoas, mas a Justiça negou.
A PF interceptou algumas trocas de mensagens entre Cariani e sua sócia. Apesar de antigas, as mensagens apontam, segundo o inquérito, que eles tinham conhecimento do monitoramento por parte da polícia. O influencer afirmou, em vídeo divulgado nesta terça, ter sido surpreendido pela operação da PF.
Segundo a investigação, em uma das conversas, Cariani disse:
“Poderemos trabalhar no feriado para arrumar de vez a casa e fugir da polícia”. Pelo contexto do diálogo, os investigadores dizem que o fisiculturista sabia que era investigado.
Fontes da PF disseram a GloboNews que, mesmo chamado pela Receita Federal para dar esclarecimentos sobre as notas emitidas pela empresa, os agentes observaram que as notas falsas continuaram a ser emitidas.
Em outra troca de mensagens, de acordo com uma representação do Ministério Público de São Paulo, a sócia disse a Cariani que era possível retirar rótulos dos produtos para ludibriar a fiscalização e as investigações.
Cariani afirmou, em suas redes sociais, ter sido surpreendido com a operação e que sua empresa é toda “regulada” .
Oscar Hinsberg que deu nome à operação, foi um químico que percebeu a possibilidade de converter compostos químicos em fenacetina. Essa substância foi o principal insumo químico desviado, apontou a investigação.
Pelas redes sociais, o influenciador negou envolvimento no esquema e disse que foi surpreendido pela operação da PF. Ele também afirmou que seus advogados ainda não tiveram acesso ao processo.