A Justiça determinou que uma mulher acusada de agredir fisicamente a própria mãe se mantenha a, pelo menos, 100 metros de distância da vítima. A professora aposentada Maria de Lourdes da Silva afirma que foi agredida por sua filha, Sophia Silva de Almeida, no último sábado (16), na casa onde vive, no Outeiro São Sebastião, em Ilhéus.
“Isso aqui é pesada, moço”, diz a idosa, mostrando os hematomas no rosto, em depoimento a um cinegrafista amador, na porta da delegacia. “Ela deu de pontapé no rosto. Ela deu tapa com a mão aberta. Ela enfiou o dedo dentro do nariz. Ela abriu a [minha] boca e botou a faca aqui”, acusa Maria de Lourdes, severamente machucada. A aposentada também diz ter sido mordida pela filha em um dos braços.
Sophia foi presa em flagrante, na tarde de sábado (16), pela Polícia Militar. Levada para a 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), ela deixou a cadeia neste domingo (17), por decisão do juiz plantonista Gleison dos Santos Soares. Conforme o magistrado, apesar dos indícios de autoria do crime, a exemplo da confissão da investigada à Polícia Civil, a prisão preventiva deve ser usada de forma excepcional e a liberdade de Sophia não oferece perigo à ordem pública.
Ao libertar a investigada, o juiz a proibiu de deixar Ilhéus por mais de oito dias sem aviso prévio à Justiça. Ela não pode frequentar os mesmos espaços que a mãe, mesmo que isso implique na eventual necessidade de deixar a residência de Maria de Lourdes. A decisão também proíbe Sophia Silva de Almeida de manter contato pessoal, telefônico ou virtual com a vítima, sob pena de ser presa novamente.
A mulher vai responder pelo crime de violência doméstica, forma qualificada de agressão. A pena pode chegar a três anos de reclusão.