Embora a dengue em Itabuna esteja em situação considerada confortável com apenas 16 casos da doença confirmados de janeiro até agora, a coordenação do Programa de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde continua desenvolvendo mutirões às sextas-feiras, a partir das 5 horas, nos bairros para reforçar as ações de combate e controle do Aedes aegypti.
Os mutirões começaram na semana passada no Bairro Santa Inês e chegam ao São Pedro nesta sexta-feira, dia 23, e nas próximas duas semanas serão executados no Monte Cristo e no Sarinha Alcântara. Em outras localidades, há a remoção de lixo e entulhos pela Limpeza Pública e a empresa Biosanear.
Inicialmente, há ações de educação ambiental, com orientações repassadas pelos Agentes de Combate às Endemias (ACE), pela equipe de Educação em Saúde e dos servidores e funcionários da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo (SIURB) e da Biosanear.
“Mas a participação dos moradores é fundamental para o sucesso do nosso trabalho, pois, só assim conseguiremos manter o município livre das arboviroses”, destacou a chefe do Programa de Endemias, Lucimar Santos Ribeiro. Segundo ela, o apoio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que já atuam na área territorial dos bairros e junto aos moradores e comunidades tem sido fundamental.
Depois de distribuídas pelo bairro, as equipes fazem visitas domiciliares para orientar os moradores sobre a forma de identificar e eliminar possíveis criadouros de larvas e na limpeza de quintais. Havendo necessidade, há bloqueio de focos em casas com suspeita de casos da dengue com pulverização costal de inseticida.
Lucimar lembrou que esse período de chuvas e sol na região sul do Estado é propício à proliferação do mosquito Aedes aegypti. Por isso, a importância da participação das famílias que devem ser as maiores aliadas na luta contra o mosquito.
Ela informou também que o índice de infestação predial em Itabuna atualmente está em torno de 1,5% e esse número é considerado aceitável pelo Ministério da Saúde. “Não que não se pode baixar a guarda, porque um mosquito leva apenas 10 dias para se desenvolver e vive por cerca de 30 dias”, comentou.
A coordenadora disse que a única fêmea do Aedes aegypti pode produzir de 60 a 120 ovos em cada ciclo reprodutivo e ainda tem mais de três ciclos durante sua vida. “A meta da Secretaria Municipal de Saúde é zerar os casos de dengue e demais arboviroses. Estamos trabalhando duro para isso”, garantiu.