O Ministério dos Direitos Humanos exonerou nesta quinta-feira (19) o secretário da Criança e do Adolescente, Cláudio Augusto Vieira da Silva, que é acusado de assédio moral.
À reportagem Vieira da Silva diz que soube das denúncias pela imprensa e nega que sejam verdadeiras.
“O que posso garantir e garanto a todos: não há uma virgula do que eu li na imprensa que seja tenha a mínima verdade. Não tem fundamento, nenhuma dessas coisas que li”, afirma.
Ele foi nomeado para o cargo em maio de 2023 pelo então ministro Silvio Almeida, demitido pelo presidente Lula (PT) em razão das suspeitas de assédio moral e sexual, inclusive contra a colega Anielle Franco (Igualdade Racial).
O agora ex-secretário havia chegado ao governo no lugar de Ariel de Castro, exonerado por Almeida naquele mês. Castro alega que foi exonerado por desentendimentos com o então ministro, que não teria gostado da proximidade dele com a primeira-dama Rosângela Silva, a Janja.
No último dia 9, o ministério recebeu uma denúncia anônima de 14 condutas de assédio moral por parte de Cláudio Augusto Vieira da Silva. Os relatos das vítimas foram revelados pelo jornal Brasil de Fato, e a Folha de S.Paulo também obteve o documento com as acusações contra o secretário.
Esta foi a segunda denúncia interna que o ministério recebeu de supostos atos de assédio cometido por ele. Na primeira vez, ainda na gestão Silvio Almeida, o caso acabou arquivado por falta de provas.
Vieira da Silva afirma que também não tinha conhecimento das denúncias anteriores até o surgimento das notícias e que jamais foi procurado pelos órgãos de apuração, já que o caso não foi levado a diante.
“Descobri sobre isso tudo agora, há duas semanas”, diz.
Diante da nova denúncia, a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, decidiu reabrir as investigações sobre o caso e, nesta quinta, o exonerou.