O governo local quer sacrificar o animal, que já atacou outras duas pessoas. A Justiça quer mais informações, e um grupo de defesa dos animais faz campanha para enviar o animal para uma reserva.
A Justiça da Itália decidiu não sacrificar uma ursa que atacou e matou um corredor no mês passado.
A ursa, identificada como Jj4, tem 17 anos. Há 20 anos, na União Europeia, havia temores que os ursos poderiam ser extintos no continente, e então implementaram uma política para aumentar a população dos animais na Itália e na região dos alpes. Os pais da ursa Jj4 foram levados da Eslovênia para a Itália nessa época. A quantidade de ursos aumentou, e também aumentaram os encontros entre ursos e pessoas.
Foi o que aconteceu com a Jj4. Ela encontrou um homem de 26 anos que estava correndo em uma trilha nos alpes italianos.
Ela foi capturada no dia 18 de abril, depois de uma caçada de duas semanas.
A Justiça da cidade de Trento pediu mais detalhes sobre o ataque e suspendeu a ordem do governo local para sacrificar o animal até o dia 27 de junho. De acordo com a agência de notícias Ansa, a corte aguarda informações da autópsia do corredor para tomar alguma decisão sobre o destino da ursa.
A execução pode ficar para o futuro ainda mais distante, pois há um pedido na Justiça para enviar a ursa a um refúgio onde ela não seja um risco para as pessoas, protocolado por um grupo de defensores dos direitos animais.
Esse grupo argumenta que que Jj4 pode ter atacado o corredor porque havia filhotes por perto da trilha. A família do homem afirmou que é contra a execução da ursa.
O líder do governo local de Trento afirma que a ursa já tinha atacado duas pessoas em 2020, e que a morte do corredor poderia ter sido evitada se a Jj4 tivesse sido sacrificada depois desse incidente.