Deputados que presidem as quatro comissões têm histórico de alinhamento com ex-presidente. Parlamentares escalados para relatoria de três CPIs são de siglas da base governista.
As quatro Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) instaladas pelo Congresso nos últimos dias terão no comando deputados ainda ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou que participaram da campanha dele nas eleições do ano passado.
A presença de parlamentares com histórico de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na presidência das comissões pode, na prática, influenciar na disputa de narrativas e em um eventual desgaste ao atual governo.
Isso porque cabe ao presidente de uma CPI dar o tom e o ritmo das investigações.
Também é atribuição dele escolher, por exemplo, quais pedidos de quebra de sigilo e de convocação serão votados, além de definir a agenda de depoimentos.