(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Nesta terça-feira (27) , o depoimento do coronel do Exército Jean Lawand Junior à CPI dos Atos Golpistas juntou parlamentares de oposição e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De ambos os lados, a avaliação foi a de que o militar faltou com a verdade na audiência.
Lawand foi chamado a depor para explicar a troca de mensagens, mostrada em relatório da Polícia Federal, com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
As conversas, iniciadas um mês depois da eleição de Lula e da derrota de Bolsonaro, apontam tentativas reiteradas de Jean Lawand convencer Cid a assessorar o então presidente em uma “ordem” a ser cumprida pelas Forças Armadas.
As mensagens foram adquiridas pela PF por meio da quebra de sigilo de Cid em um inquérito que investiga a existência de um esquema para fraude em registros de vacinação contra a Covid-19.
Em ofício enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) de inquérito que apura atos contra a democracia, a PF afirma que essas e outras mensagens obtidas “incentivam a continuidade das manifestações antidemocráticas e a execução de um golpe de estado após o pleito eleitoral de 2022”.
O coronel do Exército rejeitou a interpretação e negou ter articulado uma tentativa de subverter a ordem democrática.