A Polícia Civil da Bahia investiga a suspeita de um estupro contra uma menina de 5 anos em uma creche municipal, na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. Segundo a polícia, o abuso teria acontecido dentro da unidade de ensino em que a criança estuda e um funcionário é apontado como suspeito.
A Secretaria Municipal de Educação não revelou o cargo dele, mas contou que o afastou até o final das investigações. De acordo com a Polícia Civil, a mãe da vítima denunciou o estupro após perceber a mudança no comportamento da filha. A garota teria passado a ficar triste em casa, rejeitando a ir para a creche e reclamava de dor nas partes íntimas. ‘Ela estava triste, sem querer passear e louvar na igreja.
Não queria ir para a escola de jeito nenhum, dizia que estava com sono, cansada, que não queria ir, mas não me passava o motivo”, disse a mãe da menina, que preferiu não revelar a identidade.
O crime teria acontecido na última semana, mas a mãe procurou a creche para comunicar o fato na segunda-feira (2). A mulher pediu ajuda de uma amiga enfermeira, que examinou a garota e viu sinais de violência sexual. “Na segunda-feira, ela disse: ‘Mamãe, passa sabão, que está doendo ainda’. E eu falei que não estava entendendo. Ela disse: ‘Eu acho que estou assada, mamãe'”, contou a mãe da garota. Durante uma conversa com a mãe, a menina contou que um funcionário a levou para o banheiro da creche e fez “coisas” com ela.
Além da polícia, a mulher procurou o Conselho Tutelar, que acompanha o caso. “Ela falou: ‘Mamãe, não me bate’. Eu disse que não ia fazer isso e ela contou que foi o menino da creche que estava de calça. Minhas pernas tremeram e eu comecei a chorar”, relatou a mãe da criança. A criança passou por exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana. Na quinta-feira (5), um grupo de pais de alunos fez uma manifestação na frente da creche.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que acionou as autoridades ao tomar conhecimento da ocorrência, que a direção da unidade de ensino está à disposição “para colaborar com o esclarecimento dos fatos, e que a creche ficará fechada até o final das investigações”.
Já a Polícia Civil informou que detalhes sobre o caso não serão divulgados por causa do segredo de Justiça estabelecido em crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes.