O Brasil registrou no último sábado (20), o primeiro caso de cólera dos últimos 18 anos. A infecção intestinal aguda causada pela bactéria Vibrio cholerae foi identificada em um paciente de 60 anos, na cidade de Salvador. A doença foi confirmada por testes laboratoriais.
A enfermidade, que é transmitida principalmente por água ou alimentos contaminados, ainda é uma tema iniciante nos debates de órgãos de saúde, por ser considerado atípico no país. Diante disso, a reportagem do Bahia Notícias, conversou com a secretária de Saúde municipal e vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, para saber como a pasta monitora a doença na cidade e como está sendo a atuação do órgão.
De acordo com Ana Paula, equipes do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) da capital baiana analisaram o caso em conjunto com o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e com a saúde de Camaçari, já que o paciente trabalha no município da Região Metropolitana de Salvador (RMS).
“Estamos [acompanhando] sim. Esse caso foi identificado numa instituição privada. Imediatamente, o nosso CIEVS, que é quem acompanha essas situações, foi notificado. A gente entrou em contato com o Lacen Estadual, que faz a avaliação. Identificado o caso como positivo entramos em contato com o Ministério da Saúde. Neste caso, são duas cidades envolvidas, pois ele [o paciente] mora em Salvador, mas passa boa parte do seu dia, talvez a maior parte produtiva em Camaçari. Então, por isso, não é nossa responsabilidade ter a coordenação disso, nem de Salvador nem de Camaçari, é do Estado”, explicou Matos.
A secretária explicou ainda que, após a constatação do caso, foi feita uma avaliação na casa do paciente infectado, na água de sua residência, em outros espaços com familiares dele e no local de trabalho, para apurar se há uma outra suspeita de contaminação. No entanto, ainda não foram encontradas evidências adicionais de transmissão e a situação é tratada como isolada.