Um show programado de Johnny Hooker na cidade de Boa Vista, Roraima, durante o festival Mormaço Cultural 2023, foi cancelado devido a um vídeo polêmico feito pelo artista há cinco anos. O prefeito Arthur Henrique (MDB) explicou que a decisão de cancelar o show foi tomada após intensa pressão nas redes sociais, resultante de uma declaração controversa de Hooker em 2018, quando afirmou que “Jesus é travesti”.
Essa declaração ocorreu durante um show em que Johnny criticou a tentativa de proibir uma peça que retratava Jesus como transexual no Festival de Inverno de Garanhuns, em Pernambuco.
O vídeo do cantor afirmando que “Jesus é travesti, sim” gerou uma denúncia à Polícia Civil na época, apresentada pelo advogado Jethro Ferreira, que considerou a declaração uma ofensa à fé cristã. No entanto, o prefeito de Boa Vista, em seu comunicado de cancelamento do show, enfatizou que a decisão foi tomada devido à desaprovação generalizada da atração por parte do público.
O prefeito Arthur Henrique comentou: “Neste final de semana, uma das atrações [Hooker] foi desaprovada por muitas pessoas através de manifestações públicas. Eu estava fora do Brasil, em um evento de primeira infância, e no meu retorno, sábado, me deparei com esses questionamentos. Eu quero pedir desculpas.
Respeito é algo que não abro mão. Todos sabem dos meus princípios e dos meus valores e, como prefeito, sempre vou fazer o melhor pelas pessoas e pela cidade de Boa Vista. De imediato iniciamos as tratativas jurídicas e, a meu pedido, a Fetec [Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura de Boa Vista] cancelou essa atração do festival”.
Johnny Hooker expressou sua indignação com a decisão de cancelamento, afirmando que seu show celebra a diversidade e promove o amor e o respeito por todos. Em seu perfil oficial no Instagram, o cantor pediu apoio de outros artistas e anunciou que tomará medidas legais contra a organização do festival e a prefeitura da cidade.
Ele ressaltou que a questão já havia sido resolvida judicialmente a seu favor anteriormente, e que os críticos estão tentando reacender polêmicas que atacam a comunidade LGBTQIA+.