Uma série de cartas, encontradas no esgoto na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, em São Paulo, ligam o Primeiro Comando da Capital (PCC) a uma série de crimes cometidos em diversos estados brasileiros.
As mensagens mostram que os criminosos tratavam de assuntos como tráfico de drogas e de armas a ataques contra agentes públicos e grupos rivais. O material é atribuído pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) a sete chefões do PCC.
Os líderes criminosos comandam a chamada “Sintonia dos Estados e Países”, célula da facção responsável por coordenar os integrantes e as ações criminosas fora de São Paulo, ligada à “Sintonia Final”, a alta cúpula do grupo.
De acordo com o MP-SP, o PCC é composto atualmente por cerca de 100 mil integrantes no Brasil, sendo 40 mil “irmãos” e 60 mil “companheiros”, os que não são batizados. A facção também opera em outros 23 países, incluindo Estados Unidos, Portugal e Inglaterra.
As cartas foram encontradas após a instalação de telas de contenção nos dutos da rede esgoto da cadeia em março de 2017, o material serviu como base para condenar os sete chefões a mais 12 anos de prisão. A sentença foi proferida no mês passado.