Fraudes e desperdícios em planos de saúde no Brasil custaram entre R$ 30 bilhões e R$ 34 bilhões em 2022, segundo estudo da EY em parceria com o Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS). O montante representa de 11% a 12,7% da receita do setor.
De acordo com o blog da jornalista Miriam Leitão no portal O Globo, o estudo apontou que as fraudes mais comuns, no período pós-pandemia, envolvem reembolsos com práticas como recibos superfaturados, tratamentos estéticos declarados como procedimentos médicos e clínicas de fachada.
A conta é paga pelos 50,9 milhões de usuários de planos de saúde, já que o setor funciona em sistema de mutualismo, que prevê o rateio das despesas entre os beneficiários daquele grupo.
Para combater o problema, as empresas do setor têm travado uma cruzada contra fraudes e desperdícios. Levantamento feito pela Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) contabilizava 135 inquéritos policiais abertos para apurar fraudes contra três das cinco maiores operadoras de planos de saúde do país em 12 meses fechados em junho.
O estudo da EY também defende que sejam feitas alterações na lei de planos de saúde para tipificar as fraudes do setor como crime.