A Transportadora Jolivan Ltda, com sede no Espírito Santo, está sendo acusada de demissões injustificadas pelo ex-motorista Alessandro Gomes Costa, de 46 anos. Costa trabalhou na empresa por quase oito anos, incluindo um período após sua reintegração, resultado de uma ação judicial contra uma demissão anterior que foi considerada injustificada.
O motorista relatou que, em 2012, enquanto transportava mercadorias próximo à cidade de Ibirataia, foi sequestrado e sofreu graves abusos físicos e psicológicos. Esse evento traumático resultou em problemas de saúde mental, culminando em um quadro depressivo. Apesar de sua condição, Costa afirma ter sido demitido pela transportadora sem justificativa. “Alguns trabalhadores da empresa também têm sido vítimas de demissões injustificadas,” denunciou Alessandro.
Gomes explicou que, além de lidar com o trauma do sequestro, enfrentou suspeitas e desconfianças por parte da seguradora, da empresa e das autoridades policiais de Ubatan. Em 2017, ele foi reintegrado ao quadro de funcionários após a Justiça do Trabalho reconhecer a ilegalidade de sua demissão. No entanto, um ano e meio após sua reintegração, foi novamente demitido, supostamente devido a exames médicos anuais que detectaram sérios problemas cardíacos.
O advogado de Alessandro, Andirlei Nascimento, informou que mais uma vez foi contratado para tomar medidas legais em defesa do motorista. “A Justiça Federal do Trabalho reconheceu, mais uma vez, a ilegalidade da demissão e determinou a sua reintegração ao trabalho, no ‘statu quo ante’,” afirmou Nascimento. A nova ação judicial movida por Costa busca reparação por danos morais e trabalhistas, podendo resultar em uma indenização de aproximadamente meio milhão de reais devido aos danos psicológicos e financeiros sofridos com o desemprego.
Até o momento, a Transportadora Jolivan Ltda não se pronunciou sobre as acusações.