A Meta vai aumentar as restrições em contas de adolescentes nas suas redes sociais com o objetivo de reforçar a proteção contra publicações consideradas danosas à saúde mental. Dona de Facebook e Instagra, a empresa ocultará resultados de busca relacionados a suicídio, automutilação ou transtornos alimentares e redirecionará os jovens a serviços especializados de ajuda.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, as mudanças anunciadas, segundo a Meta, começam a valer nos “próximos meses”. Não há data definida. As contas de menores de idade registradas a partir desta terça (9), entretanto, já terão configurações mais rígidas.
Até então, não havia diferenças significativas entre as contas de menores de idade e as de adultos. Em respeito à lei dos Estados Unidas, plataformas sociais devem permitir cadastro apenas de pessoas com 13 anos ou mais, embora não exista uma política efetiva de autenticação da idade do usuário.
A atualização na política da empresa vem na esteira de um processo judicial em que mais de 40 estados americanos processam a Meta, com acusações de que Facebook e Instagram “prejudicam a saúde mental dos jovens”. A ação foi ajuizada em 24 de outubro de 2023.
Questionada sobre o litígio, a Meta expressou decepção “de que os procuradores-gerais tenham escolhido esse caminho, em vez de trabalhar produtivamente com as empresas do setor para criar normas claras e adaptadas à idade dos inúmeros aplicativos usados por adolescentes”.
No comunicado divulgado nesta terça, a Meta diz que “consulta constantemente especialistas em desenvolvimento de adolescentes, psicologia e saúde mental para ajudar a tornar as suas plataformas seguras e apropriadas para a idade dos adolescentes”.