O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou nesta sexta-feira (1º) a crise na Faixa de Gaza como uma “carnificina” e pediu o fim da “matança”.
A declaração foi feita durante Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que ocorre em São Vicente e Granadinas um dia após o Exército israelense atirar contra civis em Gaza que faziam fila por comida, deixando mortos e feridos —episódio também citado por Lula em sua fala.
O petista propôs ainda que a Celac faça uma moção pelo fim imediato dos ataques de Israel à região e pediu que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, acione o Conselho de Segurança para tomar providência. Guterres estava entre os líderes na plateia.
Lula pediu ao governo do Japão, que assumirá a presidência do Conselho de Segurança, que trate a pauta com urgência. “Também quero pedir aos cinco membros permanentes do Conselho da ONU que deixem de lado suas diferenças e ponham fim a essa matança”, disse, afirmando que o 80% do número de mortos em Gaza é de crianças e mulheres.
Após uma fala comparando os ataques do governo de Binyamin Netanyahu em Gaza ao assassinato de judeus na Alemanha nazista, Lula deflagrou uma crise diplomática com Israel.