O presidente Lula, do PT, declarou em entrevista nesta quinta-feira (13) que não assumirá um compromisso prévio de indicar uma mulher para o Supremo Tribunal Federal (STF) em substituição à atual presidente da corte, Rosa Weber, que se aposentará em outubro.
Além disso, Lula não descartou a possibilidade de reconduzir Augusto Aras como procurador-geral da República quando seu mandato à frente do Ministério Público Federal terminar em setembro.
O presidente também afirmou que não pedirá favores a Cristiano Zanin, indicado por ele ao STF e aprovado pelo Senado. A posse do novo integrante do tribunal está prevista para ocorrer em agosto.
Durante a entrevista à TV Record, Lula foi questionado se substituiria Rosa Weber por outra mulher para garantir a representatividade feminina no STF. Ele evitou dar uma resposta definitiva.
Lula afirmou: “Não é um compromisso antecipado. Pode ser uma mulher, pode ser um homem, pode ser um negro. Vai depender. Já aprendi muito, já indiquei muitas pessoas. Quero indicar com muito cuidado alguém que possa beneficiar o Brasil”.
Sobre a possibilidade de manter Aras como procurador-geral da República, Lula não rejeitou a ideia, mencionando que ainda não teve uma conversa pessoal com ele. Ele pretende ouvir diferentes opiniões antes de tomar uma decisão.
Em relação a Zanin, Lula afirmou que não possuía uma relação pessoal com ele e que nunca indicou um amigo para o STF. Ele elogiou as qualidades profissionais de Zanin, destacando sua capacidade, dedicação e seriedade.
Lula enfatizou que nunca precisará de favores pessoais de Zanin e nunca pediu favores aos ministros do STF indicados pelo PT. Ele ressaltou que qualquer comunicação com Zanin será feita em nome do Estado brasileiro, não como uma solicitação pessoal.
Quanto a possíveis mudanças no governo para ampliar a base de apoio no Congresso, Lula indicou que isso poderá ocorrer em agosto, após o fim do recesso parlamentar. Ele mencionou a possibilidade de alguns partidos políticos manifestarem interesse em fazer parte do governo e que, nesse caso, ajustes no ministério seriam necessários para acomodar esses partidos.
Lula explicou que a saída de Daniela Carneiro da União Brasil resultou na troca de comando no Ministério do Turismo, mas afirmou que essa mudança já estava prevista. Ele também respondeu a questionamentos sobre a possível substituição de Rita Serrano na Caixa Econômica Federal e Ana Moser no Ministério do Esporte, negando que haja uma diminuição da participação feminina no governo.
Em relação à liberação de emendas parlamentares, Lula rejeitou comparações com o governo anterior de Jair Bolsonaro, destacando que os pagamentos não são feitos de forma secreta como antes.