Bebeto Galvão (PSB), vice-prefeito de Ilhéus, o próximo entrevistado de sábado no bom programa de Frankvaldo Lima, na rádio Difusora, vai ter a oportunidade de esclarecer o pega-pega entre ele e o alcaide Mário Alexandre (PSD).
O mais recente atrito entre Bebeto e Marão, como é mais conhecido o gestor da vizinha e irmã cidade, ocorreu em torno das férias do chefe do Executivo, que resolveu não passar o comando do município para seu substituto imediato.
Bebeto reagiu dizendo ser “lamentável para os ilheenses essa quebra institucional, que o poder exige rito e impessoalidade”.
Na opinião da modesta coluna, Bebeto comete um erro político na sua infeliz declaração. A impressão que ficou para o eleitor é que o vice tem um incontido desejo de assumir a prefeitura, mesmo que seja por pouco tempo.
Quem é que está mentindo nesse imbróglio envolvendo Marão e Bebeto ? O vice diz que o prefeito prometeu que ele seria seu candidato na sucessão de 2024. O prefeito declara, em alto e bom som, que não fez nenhum acordo com Bebeto. No meio do fogo cruzado, o eleitor querendo saber quem está dizendo a verdade.
Veja, caro e atento leitor, ipsis litteris, o comentário da Coluna Wense, em 03/02/2024, no site Mandato Bahia : “O chefe do Palácio Paranaguá quer um gestor que cumpra com o que for combinado como condição para receber seu apoio. Entre as exigências, a mais crucial é a de apoiar sua esposa Soane Galvão no pleito de 2026, quando a primeira-dama vai tentar permanecer por mais quatro anos como deputada estadual”. Finalizo dizendo que “no frigir dos ovos, quem vai ser mesmo defenestrado do processo sucessório é o vice-prefeito Bebeto Galvão”.
Entre o prefeito e o vice há uma desconfiança recíproca e, pelo andar da carruagem, irreversível. Politicamente falando, dois bicudos nunca vão se beijar.
Não se sabe a opinião da deputada federal Lídice da Mata, presidente estadual do PSB, sobre o imbróglio envolvendo o prefeito e o vice. O silêncio da dirigente-mor do socialismo da Boa Terra é ensurdecedor.
Outro ponto que não pode passar despercebido é que uma pré-candidatura do prefeito Mário Alexandre à Câmara dos Deputados, na eleição em 2026, não pode ser descartada.
Concluo dizendo que Marão quer apoiar um prefeiturável que seja “cabo eleitoral” não só dele como da reeleição de Soane Galvão.