Itabuna se regozija, neste dia 21, com os valorosos profissionais da pesquisa, extensão, educação e assistência técnica da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) pelas comemorações dos 67 anos de sua fundação. Desde os primórdios, em 21 de fevereiro de 1957, este órgão nascido genuinamente grapiúna foi fundamental para o atual estágio de desenvolvimento que a Região Cacaueira da Bahia alcança.
Atualmente vinculado à Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA, cuja missão é promover a pesquisa, a inovação e a transferência de tecnologias, contribuindo com a sustentabilidade da cacauicultura no Brasil, a Ceplac continua com suas raízes no nosso sagrado chão, onde teve notável responsabilidade pelo desenvolvimento da lavoura dos frutos de ouro do cacau no Brasil.
Ao longo de sua história, a Ceplac sempre teve no município de Itabuna e na sua gente os alicerces para superar obstáculos, abrir fronteiras e se projetar no mundo como órgão técnico respeitável, integrado por profissionais de relevo intelectual e notável capacidade de vencer desafios fossem quais fossem. Como resultado desse incansável labor, o Brasil alcançou o 1º lugar na produção mundial de cacau, gerando divisas acima de US$ 1 bilhão no final da década de 1970.
O resultado dessa receita serviu para o desenvolvimento dos segmentos econômico, educacional, tecnológico e social do sul da Bahia. Mesmo sendo hora de louvar a criação da Ceplac, sinto-me no dever de destacar a magnífica atuação dos pesquisadores e outros profissionais deste órgão magistral que em tempo recorde, deram a resposta científica necessária ao controle da vassoura-de-bruxa que nos trouxe desalento e desesperança no final dos anos 80. Atualmente, com sacrifícios, conseguimos conviver com a insidiosa doença e elevar a produção e produtividade com a garra e o talento dos milhares de cacauicultores.
Se atualmente se descortina um horizonte benfazejo à lavoura cacaueira, devemos novamente engrandecer aos pesquisadores da Ceplac pelos clones tolerantes e resistentes à vassoura-de-bruca e de alta produtividade. Não é à toa que grande parte das propriedades convive com a alegria e o aroma inebriante do chocolate em fábricas com sua própria identidade. Sem contar com a diversificação de cultivos, piscicultura, etc.
É e sempre será a Ceplac dos sonhos de seus idealizadores, capitaneados por José Haroldo de Castro Vieira e outros visionários, de nossa gente. Que saibamos doravante, lutar para que retome sua pujança técnico-científica, com orçamento robusto, contração de novos profissionais e de pessoas aptas a compreender o passado, entender o presente e projetar um futuro que começa já em favor do Brasil e de sua cacauicultura.