Uma mulher denunciou o o ex-namorado por um golpe, após ele vender o carro dela, pegar o dinheiro e desaparecer em Salvador. Segundo Monique Carneiro, o prejuízo foi de R$ 30 mil. De acordo com ela, o namoro com o suspeito aconteceu em 2020 e durou cerca de um ano. Durante o relacionamento, ela teve o desejo de trocar de carro.
O homem havia contado que era sócio de uma loja de troca de veículos. Quando o namoro acabou, ela foi buscar o carro no estabelecimento, já que a troca ainda não tinha sido realizada. No local, ela descobriu que o veículo foi vendido depois de ser retirado do estabelecimento.
“Quando fui até a loja procurar saber do carro, eles me passaram que ele [o ex-namorado] tirou o carro no outro dia e vendeu para uma terceira pessoa. Até hoje estou em busca, estou correndo atrás”, contou Monique Carneiro.
No veículo, usado para trabalhar, Monique já vendeu “geladinho”, conhecido em outros lugares como sacolé, e fez transporte escolar. “Não era luxo, nunca foi. Era um carro que eu tirava o meu sustento. Eu sou trabalhadora, esforçada, uma mulher que corro atrás do meu, não fico esperando sentada”, desabafou.
Após tentar contato com o ex-namorado e não conseguir, Monique Carneiro procurou um advogado e registrou um boletim de ocorrência contra o homem na delegacia do bairro do Rio Vermelho. Lá, conforme o advogado Francis Assis, a vítima descobriu que a Polícia Civil já tinha registrado outras queixas contra o suspeito.
“Quando nós começamos a fazer o levantamento e viemos para a delegacia, foram encontrados queixas em outras delegacias. Até em Camaçari surgiu outras ações da mesma natureza”, relatou o advogado.
“É o golpe do 171, que é antigo e citado em uma música de Caetano Veloso, que fala sobre o dom de iludir. Ele cria com expertise o ambiente amoroso e de confiança, depois disso ele passa a usufruir do poder econômico da pessoa”, explicou Francis Assis.
De acordo com o advogado, neste golpe, o suspeito se aproveita da confiança da vítima para aplicar o golpe financeiro.
“Aguardamos o pedido de prisão preventiva dele até porque já é um crime recorrente, já apareceram outras vítimas. Outras pessoas já entraram em contato e se disponibilizaram a colaborar fornecendo boletins de ocorrências e dados de todos os tipos de ações desse mesmo autor”, revelou.