(Foto: Reprodução/redes sociais)
Uma operação conjunta realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Defensoria Pública da União (DPU) resgatou, nesta sexta-feira (14), 11 indivíduos pertencentes à mesma família que estavam em situações semelhantes à escravidão na zona rural de Santa Inês, município localizado no Vale do Jiquiriça, na Bahia.
Segundo informações da Superintendência do Trabalho, além das 11 pessoas resgatadas, havia outras oito, incluindo crianças, dentro do grupo, totalizando 19 indivíduos da mesma família no local, onde permaneceram por um período de 30 dias.
O grupo estava alojado em condições precárias, com alimentação improvisada, higiene e conforto extremamente insatisfatórios, e não possuía acesso a água corrente.
Durante a operação, o empregador estava presente na fazenda e recebeu um termo de ajuste de condutas. Além disso, foi acordado o pagamento das verbas trabalhistas e rescisórias no valor de R$50 mil.
A Superintendência do Trabalho também informou que o grupo não tinha permissão para se deslocar até a cidade para comprar alimentos, sendo obrigado a fazer notas para o empregador, que descontava esses valores de seus salários. No entanto, os trabalhadores não tinham acesso ao dinheiro que era utilizado para pagar esses alimentos.
Os trabalhadores também afirmam que a alimentação era escassa e chegaram a passar fome. Além disso, foram informados de que estavam devendo ao empregador.
A Superintendência do Trabalho ressalta que essa situação configura servidão por dívida, que é um dos indicadores de trabalho escravo, juntamente com as condições degradantes dos alojamentos que não oferecem dignidade.