A Coordenadoria Regional de Polícia Técnica (CRPT) de Teixeira de Freitas, cidade do extremo sul da Bahia, descobriu um caso de fraude documental em que um homem passou quase 20 anos usando o nome do irmão. A informação foi divulgada pela Polícia Técnica nesta sexta-feira (17).
Conforme detalhou a polícia, o homem foi vítima de um homicídio na cidade de Mucuri no segundo semestre deste ano. Após a entrada do corpo no Instituto Médico Legal (IML) de Teixeira de Freitas, cidade a cerca de 99 km de Mucuri, a equipe foi informada da possibilidade do indivíduo estar utilizando o nome de outro familiar. Nome e idade da vítima não foram informados para preservar a família.
Diante da suspeita de fraude, foram solicitadas também as fichas dos irmãos, confirmando assim que o homem morto em Mucuri utilizava o nome de um dos irmãos. Não há detalhes do que motivou o homem usar o nome do familiar por tanto tempo.
Caso o homem morto tivesse o óbito declarado com o nome do irmão, o homem em vida poderia enfrentar diversos problemas como por exemplo em áreas relacionadas a seguro, pensões e aposentadorias.
A confirmação do caso ocorreu por meio da identificação necropapiloscópica (confronto pelas impressões digitais). O corpo chegou ao IML com uma identidade do Estado do Rio de Janeiro e, logo a equipe solicitou do Instituto de Identificação Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro, o envio da ficha papiloscópica do indivíduo para que as digitais do corpo fossem comparadas.
Conforme explicou o coordenador da Regional de Polícia Técnica de Teixeira de Freitas, Eder Amorim, declarar o óbito de um indivíduo traz grandes repercussões e por isso, é importante confirmar a identidade dos corpos que dão entrada na Polícia Técnica.