O policial penal Caio Vinício Façanha da Paz foi destituído de suas funções após ser acusado de assédio sexual contra uma advogada que prestava serviços em uma unidade prisional da Região Metropolitana de Fortaleza, no Ceará.
A decisão, publicada no Diário Oficial do Estado na última segunda-feira (18), fundamenta o afastamento do servidor “em decorrência do cometimento de infrações disciplinares”. A demissão está sujeita a recurso, com um prazo de cinco dias para ser interposto.
Após a denúncia feita pela primeira vítima, pelo menos outras cinco advogadas que atuavam no mesmo local relataram ter passado por situações semelhantes. Caio entrava em contato com elas por meio de ligações telefônicas e perfis falsos nas redes sociais.
O policial penal obtinha ilegalmente o contato das vítimas, utilizando chamadas com número oculto e enviando mensagens por meio de um perfil falso nas redes sociais, conforme relatou o G1.
Uma das vítimas conseguiu persuadir o suspeito a realizar uma videochamada, durante a qual capturou a imagem do rosto dele. Posteriormente, ele foi identificado como agente penitenciário da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL 2), em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. O suspeito concordou em realizar a videochamada após a vítima simular interesse em suas propostas.
A vítima declarou ao G1: “Agindo por conta própria para tentar identificar o assediador, finjo interesse e solicito uma chamada de vídeo. Consegui, então, capturar sua imagem e agora buscamos as autoridades competentes para responsabilizar o agressor. Ainda estou muito abalada, pois as palavras de assédio eram altamente ofensivas, imorais e o comportamento negligente visível do agente, demonstrando falta de temor pela justiça e agindo como um maníaco sexual”.