Mais uma vaga para o Supremo Tribunal Federal (STF) foi aberta após a aposentadoria compulsória da ministra Rosa Weber. Diante disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai precisar indicar um novo nome que irá compor a Corte no quadro de onze ministros.
Contudo, pessoas próximas a Lula o aconselharam a deixar a decisão para o ano que vem em virtude da proximidade do fim do ano, além de uma possível demora de se pautar a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça, presidida por Davi Alcolumbre (UB), senador de oposição.
De acordo com o colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, Alcolumbre queria manter Augusto Aras no comando da Procuradoria-Geral da República. Não conseguiu. Agora, pleiteia retomar o controle da liberação de emendas parlamentares – artifício que, quando presidiu o Senado, deu-lhe imenso poder.
Portanto, se Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), não for o escolhido de Lula (preferido de Davi Alcolumbre), será grande a chance de uma espera, nada confortável para o Planalto, para a sabatina do indicado na CCJ.
Além de Dantas, também estão no páreo o ministro da Justiça, Flávio Dino, considerado favorito; e o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Integrantes do governo lembram, ainda, que faltam menos de 50 dias para dezembro, mês em que nada relevante costuma acontecer no Congresso Nacional. E sustentam que, para reduzir o calibre da “arma” de Alcolumbre, o melhor seria Lula deixar a indicação para 2024.