(Foto: Divulgação/Marcos Samano)
O porteiro de 68 anos, Oswaldo de Jesus Santos, estava trabalhando normalmente em um sábado de 2020 quando começou a sentir uma forte dor no peito.
Devido à persistência do desconforto, ele decidiu procurar atendimento médico no dia seguinte, onde recebeu o diagnóstico de tuberculose.
Sem observar melhorias nos sintomas após o tratamento inicial, Santos marcou uma nova consulta, passou por exames e recebeu a notícia de que na verdade ele tinha um câncer no pulmão.
Nascido em Itagibá, na Bahia, e morando em São Paulo há 50 anos, Santos conta que não sentiu medo imediato ao descobrir o tumor. “Eu logo pensei: se tiver jeito, a gente tira o ‘bicho’ fora. E, se não tiver, eu vou para o buraco mesmo”, diz, em tom de brincadeira.
Apesar de aparentar tranquilidade e resignação, Santos nunca poderia imaginar que, poucos meses após o diagnóstico, ele seria um dos três pacientes a se submeter a uma cirurgia inovadora e pouco conhecida no país.
Resumidamente, seu pulmão direito, afetado pela doença, foi completamente removido e operado em uma mesa de cirurgia separada, onde as massas tumorais foram retiradas.
Horas depois, o mesmo órgão foi reimplantado em seu tórax, onde continua funcionando até hoje.