De 27 de novembro até 4 de dezembro, acontece em Assunção, capital do Paraguai, o Campeonato Sul-Americano de Ginástica Rítmica de 2023 e a Bahia terá três representantes na disputa.
Clara Beatriz, de 13 anos, Luiza Marques, 14, e Keyla Santos, 15, todas atletas do Clube de Ginástica Gorba, localizado na AABB, em Piatã, se preparam para a competição sul-americana. Em conversa com o Bahia Notícias, as talentosas ginastas falaram sobre a preparação, expectativas e rotina de treinos com a treinadora Joseane Coelho.
Clara e Luiza irão competir em dupla no arco, na categoria AC4, que envolve ginastas de 13 e 14 anos, enquanto Keyla disputará na categoria juvenil, com ginastas de 14 e 15 anos, no individual com os aparelhos arco, bola, maças e fita.
Criada após a ginástica artística, a ginástica rítmica, também conhecida como GR, ainda é praticada com cordas e exercícios em conjunto. Oficialmente, o esporte entrou nas Olimpíadas na edição de 1984, em Los Angeles, com disputas individuais, e, em equipes, 12 anos depois, nos Jogos de Atlanta.
As amigas Clara e Luiza conheceram a ginástica rítmica com 6 e 7 anos, respectivamente. Clara participou de um teste de bolsa no Centro de Treinamento TALENT, no Subúrbio, e se apaixonou pelo esporte. Luiza, que conheceu a GR na escola, conta que já fazia ballet e o fato da ginástica rítmica ser mais dinâmica a encantou.
As duas ginastas treinam juntas desde o final de 2020 e a classificação para o Sul-Americano veio após vencerem a seletiva de duplas.
“Na competição em dupla temos que trabalhar juntas em todos os sentidos para ter uma boa sintonia. Com a dupla, a série depende do empenho de ambas. As duas estão dando seu melhor e tem que ser tudo bem sincronizado”, contam Clara e Luiza.
Luiza disse que no esporte a sua referência é Natália Gáudio, ex-ginasta. Já Clara contou que a sua inspiração é Keila Santos, atleta que também treina no Gorba e está na Seleção Brasileira individual de Ginástica Rítmica.
Keila, que conheceu a ginástica rítmica através de uma colega de escola, treina de segunda à sábado das 14h às 19h, assim como Clara e Luiza.
“É muito importante saber conciliar os treinos com a escola, a escola ajuda bastante principalmente quando tem as viagens, e precisa fazer as segundas chamadas”, explicou Keila.
Para arrecadar recursos que irão bancar as despesas como confecção de collants, hospedagem, transporte e alimentação, a família das atletas estão com uma campanha que recebe doações via pix, através do e-mail gr.clara.luiza@gmail.com.
“A maior dificuldade é conseguir patrocínio, pois minha mãe ganha pouco em sua profissão e o GR é um esporte que tudo é caro, os aparelhos são caros, os collants, assim como as inscrições das competições”, contou Luiza.