Nesta quarta-feira (13), o Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) tomou uma decisão significativa ao analisar uma reclamação envolvendo o magistrado Mário Soares Caymmi Gomes, que ocupa a posição de juiz titular na 27ª Vara de Substituições de Salvador. O tribunal determinou a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e o afastamento imediato do juiz de suas funções.
Segundo informações do BNews, a atmosfera durante a sessão plenária foi bastante tensa. A reunião foi realizada a portas fechadas, obrigando os advogados que pretendiam acompanhar outros casos a deixar a sala. Além disso, a transmissão ao vivo da sessão foi interrompida para discutir o caso, sendo que o desembargador Jatahy Fonseca Júnior atuou como relator.
Caymmi já esteve envolvido em várias controvérsias ao longo de sua carreira no judiciário, sendo uma das mais notáveis relacionada a suas declarações sobre o desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, Corregedor de Justiça do TJ-BA. Na ocasião, Rotondano havia ordenado a suspensão de um edital de seleção de estágio que reservava vagas para estudantes da comunidade LGBTQIAP+ na vara comandada por Mário Caymmi.
Em resposta, Caymmi afirmou em uma entrevista em maio deste ano que o desembargador era “gay não assumido,” o que causou um grande desconforto entre seus colegas no tribunal.
Em julho, Mário Caymmi alegou ter sido vítima de agressão por parte de Agnaldo Cardoso, ex-vereador de Mata de São João. Na época, o juiz sugeriu que se tratava de uma retaliação devido ao conflito com Rotondano.
Além desses episódios, Caymmi enfrentou outras polêmicas, incluindo acusações de humilhação a um advogado e uma queixa-crime apresentada por outro defensor.